Vivaldo Simoneto
Além de desenhar o artista transforma material reciclável em arte.
Natural de Santa Maria, distrito de Alto Paraná e morando em Assis chateaubriand há 22 anos, o artista plástico Vivaldo Simoneto é sonhador, idealista, mas com os pés no chão, ele aguarda o melhor momento para tomar decisões que são planejadas, persistente no que quer, ele tem muito confiança e auto-estima elevada, não desiste nunca do que pretende, é sensível às pessoas e luta por elas e por seus sentimentos. “O mais importante no ser humano é a essência, tento passar isso nas minhas obras!”, disse o artista. Ele tem muita sensibilidade artística para criar e usar qualquer material que venha a sua imaginação, sendo na pintura ou na escultura, transformando material reciclável em arte, por exemplo, quando utiliza vários materiais tais como tijolos, latas, garrafas, arames e madeira.
CLÉLIA OLIVEIRA - Quando começou o seu interesse por artes plásticas?
VIVALDO SIMONETO - Desde criança já ensaiava alguns desenhos e sempre sonhei em ser artista plástico. Em 1991 uma professora de educação artística me motivou e em 1993 comecei a participar de oficinas de arte.
CLÉLIA OLIVEIRA – Como tem sido a sua trajetória de aprendizado?
VIVALDO SIMONETO – Sou autodidata, em 1993 comecei a fazer oficinas de arte, conhecendo vários artistas como: Sérgio Moura, Cássia Felix, Neimar Proença, Gilberto Perroni, Aléxia Rosa Lima e Letícia Brasileiro, conhecendo técnicas e estilos, mas nunca freqüentei aulas de pinturas pelo fato de querer buscar meu próprio estilo de arte.
CLÉLIA OLIVEIRA - Você tem um estilo próprio, como desenvolveu este estilo?
VIVALDO SIMONETO - A decisão de não fazer aulas justamente foi para que eu pudesse estar nesta busca do meu próprio estilo e também por condições financeiras, no início eu copiava, pintava reproduções, mas não ficava satisfeito, eu queria algo só meu. A partir desta busca fui fazendo pesquisas e notei que eu poderia buscar uma técnica diferente e simples se comparada ao óleo. Em 2006 eu descobri uma técnica própria, surgiu uma idéia súbita de pintar com batom, fiz um teste e ficou com ótimo resultado, daí comecei a incluir outros materiais como: giz de cera, lápis de contorno que são materiais oleosos, mesclando material seco tal como o grafite.
CLÉLIA OLIVEIRA – Como é o processo de criação das obras, o que tem inspirado você?
VIVALDO SIMONETO – Depois da descoberta desta técnica eu passei também por um processo de auto-conhecimento interior, assim me conhecendo melhor eu passei a ver o mundo ao meu redor de uma forma mais humana e percebi que através da minha arte havia a possibilidade de dar este “grito” chamar atenção aos sentimentos humanos. Meu processo de inspiração é através dos sonhos e fatos, além disso, eu tenho uma linha voltada pra causas sociais e o erótico. Eu também costumo fazer esboços e anotações, vejo revistas sobre arte, pesquiso na Internet sobre outros artistas, tanto brasileiros como estrangeiros, mas todos os meus trabalhos mais recentes são obras originais.
CLÉLIA OLIVEIRA - Quais são as suas principais influências?
VIVALDO SIMONETO – Gosto de pesquisar para fazer comparações nas evoluções da pintura e dos estilos de cada artista: a pintura renascentista de Michelângelo e Leonardo Da Vinci, Claude Monet, Portinari, gosto do cubismo de Pablo Picasso, sou fascinado pela artista mexicana Frida Kahlo que retratava os sonhos e as angústias, mas não exercem influências, somente como pesquisa.
CLÉLIA OLIVEIRA – Quais são as tuas melhores obras ou a de maior repercussão na sua carreira?
VIVALDO SIMONETO - Eu adoro todo meu trabalho artístico (risos), mas tenho uma obra em madeira velha intitulada “Vida Interior”, que faço referência aos sentimentos interiores, uma com tijolos “Muralhas da Vida” referência aos obstáculos, outra com garrafas “Casos Conjugais” referência a várias formas de amar. As obras de maior repercussão em minha carreira foram “Euforia” que esteve no XI Circuito Internacional de Arte Brasileira e “Entre lençóis I, II e III” pelas quais recebi a menção honrosa no Salão Paranaense das Artes Visuais.
CLÉLIA OLIVEIRA – Em 2006 você participou do XI Circuito Internacional de Arte Brasileira quando você pode mostrar os teus trabalhos em Trinidad, Tobago, República Dominicana e Minas Gerais, além disso, você recebeu menção honrosa no Salão Paranaense da Artes Visuais. Depois disso mudou alguma coisa em você, houve uma maturação profissional?
VIVALDO SIMONETO - Foram 15 anos de luta, busca e realização profissional. O circuito foi uma vitrine do meu trabalho lá fora e também aqui no Brasil. As minhas obras foram elogiadas no “Colege Arte” de Belo Horizonte, responsável pela organização do evento. Já participar do salão paranaense foi a realização de sonho, pois há anos que eu tentava participar, mas não conseguia uma seleção. A partir do momento que comecei a buscar meu estilo próprio, voltado mais ao contemporâneo consegui a menção honrosa. A partir destas duas conquistas passei a desenvolver melhor meu estilo, com planos de participar de outro circuito.
CLÉLIA OLIVEIRA – Quantas obras você já fez?
VIVALDO SIMONETO - Em torno de 70 obras.
CLÉLIA OLIVEIRA – Você criou alguma obra pública ou que está exposta em local público?
VIVALDO SIMONETO – Sim, uma pintura intitulada “Naif”, da imagem de Nossa Senhora do Rocio, na parede de uma capela, em vias públicas apenas idéias e projetos.
CLÉLIA OLIVEIRA – Pra você qual é a função da arte na sociedade?
VIVALDO SIMONETO - No meu caso eu tenho duas visões, uma interior e exterior dos problemas sociais, mas acredito que a arte desde a antiguidade vem mostrando crenças, costumes e cultura de regiões. Com a modernidade, a arte teve um direcionamento diferente, ela vem como meio de vida, mostrar pensamento do artista, apontar situações, despertar beleza e críticas, estimular olhares.
CLÉLIA OLIVEIRA – Dá pra viver de arte, sua arte é comercial, como você se vira com a questão grana?
VIVALDO SIMONETO - Apesar das dificuldades é possível sim viver de arte, mas é preciso lutar muito por questões da falta de cultura e de apoio, arte pra muitas pessoas é supérfluo. Já vendi muita obra e doei também, mas no momento não vivo apenas de arte, tenho minha renda paralela, através da serigrafia.
CLÉLIA OLIVEIRA – Então você tem outras atividades paralelas a de artista plástico?
VIVALDO SIMONETO - Atualmente tenho a serigrafia e ministro aulas de desenho na casa da cultura.
CLÉLIA OLIVEIRA – Você tem recebido apoio de outros artistas e de empresas da sua cidade, a prefeitura de Assis Chateaubriand tem apoiado você, com é a cultura na sua cidade e como está sendo os apoios?
VIVALDO SIMONETO – Sim, tenho recebido apoio de outros artistas como a artista plástica Silsa Marin que desde o início tem apoiado, pequenas empresas têm colaborado. Quanto à prefeitura eu ainda espero mais apoio tanto pra mim quanto para todos os artistas. A cultura, de uma forma geral, não é muito valorizada, tanto nas artes plásticas quanto a dança e teatro, mas espero que, aos poucos, esta mentalidade vá se modificando.
CLÉLIA OLIVEIRA – Planos para o futuro: projetos, exposições, criações?
VIVALDO SIMONETO - Tenho muitos planos e projetos para o futuro, um projeto de arte com crianças carentes do meu Município, exposição individual não tenho planos, apenas uma coletiva com outros artistas, que provavelmente será em agosto em comemoração ao aniversário do município. Eu pretendo participar de um outro circuito este ano que fará roteiro pra China, mas tudo depende de apoio. Também estou pensando em criar uma série da obra “Entre lençóis” todas pintada em batom.
CLÉLIA OLIVEIRA – O que você ainda pretende descobrir como artista?
VIVALDO SIMONETO - Descobrir a melhor forma de viver de arte!
CLÉLIA OLIVEIRA – Você daria algum conselho para quem pretende seguir a carreira de artista plástico?
VIVALDO SIMONETO - Para ser artista plástico não precisa ter talento, claro que tendo o dom facilita muito, ter conhecimentos e noções básicas de desenho é o primeiro passo, ter força de vontade é o principal pontapé inicial.
Além de desenhar o artista transforma material reciclável em arte.
Natural de Santa Maria, distrito de Alto Paraná e morando em Assis chateaubriand há 22 anos, o artista plástico Vivaldo Simoneto é sonhador, idealista, mas com os pés no chão, ele aguarda o melhor momento para tomar decisões que são planejadas, persistente no que quer, ele tem muito confiança e auto-estima elevada, não desiste nunca do que pretende, é sensível às pessoas e luta por elas e por seus sentimentos. “O mais importante no ser humano é a essência, tento passar isso nas minhas obras!”, disse o artista. Ele tem muita sensibilidade artística para criar e usar qualquer material que venha a sua imaginação, sendo na pintura ou na escultura, transformando material reciclável em arte, por exemplo, quando utiliza vários materiais tais como tijolos, latas, garrafas, arames e madeira.
CLÉLIA OLIVEIRA - Quando começou o seu interesse por artes plásticas?
VIVALDO SIMONETO - Desde criança já ensaiava alguns desenhos e sempre sonhei em ser artista plástico. Em 1991 uma professora de educação artística me motivou e em 1993 comecei a participar de oficinas de arte.
CLÉLIA OLIVEIRA – Como tem sido a sua trajetória de aprendizado?
VIVALDO SIMONETO – Sou autodidata, em 1993 comecei a fazer oficinas de arte, conhecendo vários artistas como: Sérgio Moura, Cássia Felix, Neimar Proença, Gilberto Perroni, Aléxia Rosa Lima e Letícia Brasileiro, conhecendo técnicas e estilos, mas nunca freqüentei aulas de pinturas pelo fato de querer buscar meu próprio estilo de arte.
CLÉLIA OLIVEIRA - Você tem um estilo próprio, como desenvolveu este estilo?
VIVALDO SIMONETO - A decisão de não fazer aulas justamente foi para que eu pudesse estar nesta busca do meu próprio estilo e também por condições financeiras, no início eu copiava, pintava reproduções, mas não ficava satisfeito, eu queria algo só meu. A partir desta busca fui fazendo pesquisas e notei que eu poderia buscar uma técnica diferente e simples se comparada ao óleo. Em 2006 eu descobri uma técnica própria, surgiu uma idéia súbita de pintar com batom, fiz um teste e ficou com ótimo resultado, daí comecei a incluir outros materiais como: giz de cera, lápis de contorno que são materiais oleosos, mesclando material seco tal como o grafite.
CLÉLIA OLIVEIRA – Como é o processo de criação das obras, o que tem inspirado você?
VIVALDO SIMONETO – Depois da descoberta desta técnica eu passei também por um processo de auto-conhecimento interior, assim me conhecendo melhor eu passei a ver o mundo ao meu redor de uma forma mais humana e percebi que através da minha arte havia a possibilidade de dar este “grito” chamar atenção aos sentimentos humanos. Meu processo de inspiração é através dos sonhos e fatos, além disso, eu tenho uma linha voltada pra causas sociais e o erótico. Eu também costumo fazer esboços e anotações, vejo revistas sobre arte, pesquiso na Internet sobre outros artistas, tanto brasileiros como estrangeiros, mas todos os meus trabalhos mais recentes são obras originais.
CLÉLIA OLIVEIRA - Quais são as suas principais influências?
VIVALDO SIMONETO – Gosto de pesquisar para fazer comparações nas evoluções da pintura e dos estilos de cada artista: a pintura renascentista de Michelângelo e Leonardo Da Vinci, Claude Monet, Portinari, gosto do cubismo de Pablo Picasso, sou fascinado pela artista mexicana Frida Kahlo que retratava os sonhos e as angústias, mas não exercem influências, somente como pesquisa.
CLÉLIA OLIVEIRA – Quais são as tuas melhores obras ou a de maior repercussão na sua carreira?
VIVALDO SIMONETO - Eu adoro todo meu trabalho artístico (risos), mas tenho uma obra em madeira velha intitulada “Vida Interior”, que faço referência aos sentimentos interiores, uma com tijolos “Muralhas da Vida” referência aos obstáculos, outra com garrafas “Casos Conjugais” referência a várias formas de amar. As obras de maior repercussão em minha carreira foram “Euforia” que esteve no XI Circuito Internacional de Arte Brasileira e “Entre lençóis I, II e III” pelas quais recebi a menção honrosa no Salão Paranaense das Artes Visuais.
CLÉLIA OLIVEIRA – Em 2006 você participou do XI Circuito Internacional de Arte Brasileira quando você pode mostrar os teus trabalhos em Trinidad, Tobago, República Dominicana e Minas Gerais, além disso, você recebeu menção honrosa no Salão Paranaense da Artes Visuais. Depois disso mudou alguma coisa em você, houve uma maturação profissional?
VIVALDO SIMONETO - Foram 15 anos de luta, busca e realização profissional. O circuito foi uma vitrine do meu trabalho lá fora e também aqui no Brasil. As minhas obras foram elogiadas no “Colege Arte” de Belo Horizonte, responsável pela organização do evento. Já participar do salão paranaense foi a realização de sonho, pois há anos que eu tentava participar, mas não conseguia uma seleção. A partir do momento que comecei a buscar meu estilo próprio, voltado mais ao contemporâneo consegui a menção honrosa. A partir destas duas conquistas passei a desenvolver melhor meu estilo, com planos de participar de outro circuito.
CLÉLIA OLIVEIRA – Quantas obras você já fez?
VIVALDO SIMONETO - Em torno de 70 obras.
CLÉLIA OLIVEIRA – Você criou alguma obra pública ou que está exposta em local público?
VIVALDO SIMONETO – Sim, uma pintura intitulada “Naif”, da imagem de Nossa Senhora do Rocio, na parede de uma capela, em vias públicas apenas idéias e projetos.
CLÉLIA OLIVEIRA – Pra você qual é a função da arte na sociedade?
VIVALDO SIMONETO - No meu caso eu tenho duas visões, uma interior e exterior dos problemas sociais, mas acredito que a arte desde a antiguidade vem mostrando crenças, costumes e cultura de regiões. Com a modernidade, a arte teve um direcionamento diferente, ela vem como meio de vida, mostrar pensamento do artista, apontar situações, despertar beleza e críticas, estimular olhares.
CLÉLIA OLIVEIRA – Dá pra viver de arte, sua arte é comercial, como você se vira com a questão grana?
VIVALDO SIMONETO - Apesar das dificuldades é possível sim viver de arte, mas é preciso lutar muito por questões da falta de cultura e de apoio, arte pra muitas pessoas é supérfluo. Já vendi muita obra e doei também, mas no momento não vivo apenas de arte, tenho minha renda paralela, através da serigrafia.
CLÉLIA OLIVEIRA – Então você tem outras atividades paralelas a de artista plástico?
VIVALDO SIMONETO - Atualmente tenho a serigrafia e ministro aulas de desenho na casa da cultura.
CLÉLIA OLIVEIRA – Você tem recebido apoio de outros artistas e de empresas da sua cidade, a prefeitura de Assis Chateaubriand tem apoiado você, com é a cultura na sua cidade e como está sendo os apoios?
VIVALDO SIMONETO – Sim, tenho recebido apoio de outros artistas como a artista plástica Silsa Marin que desde o início tem apoiado, pequenas empresas têm colaborado. Quanto à prefeitura eu ainda espero mais apoio tanto pra mim quanto para todos os artistas. A cultura, de uma forma geral, não é muito valorizada, tanto nas artes plásticas quanto a dança e teatro, mas espero que, aos poucos, esta mentalidade vá se modificando.
CLÉLIA OLIVEIRA – Planos para o futuro: projetos, exposições, criações?
VIVALDO SIMONETO - Tenho muitos planos e projetos para o futuro, um projeto de arte com crianças carentes do meu Município, exposição individual não tenho planos, apenas uma coletiva com outros artistas, que provavelmente será em agosto em comemoração ao aniversário do município. Eu pretendo participar de um outro circuito este ano que fará roteiro pra China, mas tudo depende de apoio. Também estou pensando em criar uma série da obra “Entre lençóis” todas pintada em batom.
CLÉLIA OLIVEIRA – O que você ainda pretende descobrir como artista?
VIVALDO SIMONETO - Descobrir a melhor forma de viver de arte!
CLÉLIA OLIVEIRA – Você daria algum conselho para quem pretende seguir a carreira de artista plástico?
VIVALDO SIMONETO - Para ser artista plástico não precisa ter talento, claro que tendo o dom facilita muito, ter conhecimentos e noções básicas de desenho é o primeiro passo, ter força de vontade é o principal pontapé inicial.
Título: Entre Lencóis I, II e III
Ano de execução: 2006
Leitura da obra : Sobre os lençóis de nossa cama envergonhado pela minha cobiça, sinto tua boca molhada com um beijo, nossos corpos num vestígio de euforia e nesse devaneio revelado entre corpos manchados com batom.
Significado: Todos somos seres humanos e temos sonhos, fantasias e é sobre os lençóis que estes desejos e fantasia criam asas.
Leitura da obra : Sobre os lençóis de nossa cama envergonhado pela minha cobiça, sinto tua boca molhada com um beijo, nossos corpos num vestígio de euforia e nesse devaneio revelado entre corpos manchados com batom.
Significado: Todos somos seres humanos e temos sonhos, fantasias e é sobre os lençóis que estes desejos e fantasia criam asas.
Um comentário:
Vivaldo,grande artista, fico feliz em acompanhar o seu progresso na arte. Estarei sempre torcendo para que vc nos presenteie com cores e sabores e muita criatividade. Parabéns!!!
Postar um comentário